A estrutura ficará ao lado da atual penitenciária do Apanhador e promete ampliar vagas, reduzir a superlotação e oferecer pavilhão para trabalho prisional.
A construção do novo presídio estadual de Caxias do Sul terá início na próxima segunda-feira (15). O anúncio foi confirmado pelo secretário de Sistemas Penal e Socioeducativo, Jorge Pozzobom.
O prazo contratual é de 18 meses, mas o secretário acredita que a obra possa ser concluída em apenas um ano. O investimento do governo do Estado é de R$261,9 milhões, em uma estrutura de 25 mil metros quadrados.
Capacidade ampliada
O novo presídio terá capacidade para 1.650 vagas, quase três vezes mais do que a atual Penitenciária Estadual do Apanhador, que comporta 548 presos, mas abriga hoje 1.184.
Um dos diferenciais será o pavilhão para o trabalho prisional, dentro do projeto “Mãos que Reconstroem”. A expectativa é de que 200 detentos sejam empregados em atividades laborais.
Segundo Pozzobom, o objetivo é claro:
“O trabalho prisional é garantia de ressocialização. Presos que trabalham têm índice de reincidência praticamente nulo. Um presídio não é um depósito de pessoas. São pessoas que entram e um dia vão sair.”
Superlotação na Serra
A nova unidade busca enfrentar o déficit histórico de vagas no sistema prisional da Serra Gaúcha. De acordo com dados da 1ª Vara de Execuções Criminais, a região abriga 3.204 apenados, quase o dobro da capacidade oficial, de 1.634.
A situação gera um cenário de superlotação crônica, especialmente no Apanhador, que concentra mais de 600 presos acima do limite projetado.
Água tratada garantida
Outro ponto importante do projeto é o abastecimento de água. O Samae apresentou um plano de R$4,5 milhões para levar água tratada ao local por meio de uma subadutora de 11,4 quilômetros, a partir da Estação de Tratamento de Água Morro Alegre.
A rede poderá também atender moradores da região que optarem pela ligação domiciliar. Segundo o diretor-presidente do Samae, João Uez, o projeto está em fase de licitação para contratação da empresa responsável.
Por: Henrique Barbosa