FAS registra aumento no acolhimento de crianças e adolescentes em 2025

Em 25/09/2025
por Jornalismo Vanguarda FM

Novo serviço com 20 vagas e abertura de um CREAS marcam resposta à crescente demanda.

Fundação de Assistência Social (FAS) divulgou nesta segunda-feira (22) um crescimento no número de acolhimentos de crianças e adolescentes em Caxias do Sul em 2025. Os dados foram apresentados pelo presidente Mauro Trojan e pela diretora de Proteção Social Especial de Alta Complexidade, Franciele Roso, a representantes do Juizado da Infância e da Juventude, Ministério Público, Defensoria Pública e Conselhos Tutelares.

A média mensal deste ano chegou a 201 acolhimentos, superando os 172 de 2024. O recorde foi em maio, com 30 novos casos, somando 225 acolhidos.

Segundo a FAS, a principal causa é a negligência familiar, presente em 48% das ocorrências. Em seguida aparecem abandono (26%), uso de drogas pelos pais (14%) e situações de abuso sexual ou outros riscos sociais (10%).

Medidas emergenciais

Para atender à demanda, a FAS já realocou profissionais e nomeou novos educadores sociais e assistentes sociais. Também anunciou a criação de 20 novas vagas em um serviço de acolhimento institucional, previsto para outubro, com investimento superior a R$2 milhões.

Outra medida é a abertura de um novo Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), que deve começar a funcionar até o final do ano, com custo anual de R$1,6 milhão. O espaço contará com seis técnicos, quatro deles já em treinamento.

União de esforços

Para Franciele Roso, a construção de alternativas depende da integração com diferentes órgãos de proteção:

“Analisar os indicadores, unindo esforços, é o caminho para fomentar ideias inovadoras e que atendam de fato às necessidades das famílias, evitando o acolhimento institucional, que deve ser sempre a última opção”, afirma.

Trojan reforça que o Plano Municipal de Acolhimento Institucional e Familiar está sendo atualizado para criar protocolos emergenciais e fortalecer o trabalho social com as famílias.

Por: Henrique Barbosa